quarta-feira, 26 de maio de 2010

.Pelo vale da sombra da morte*

Ó Senhor, o despertador soa! São 6h 30 min, não dá nem pra pensar em mais 5 minutinhos. O dia será longo, contas pra pagar, uma lista de supermercado pra fazer, concluir aquele trabalho, e uma série de outras coisas que só a agenda pra ajudar a não esquecer. Mas terminado o dia, poder voltar pra casa, quem sabe brincar com um cachorro, um gato, um filho, ver alguma coisa na TV e descansar. Porque o dia seguinte é quase sempre igual.
Eu disse: quase. Porque nunca se sabe quando é que se entra no vale da sombra da morte. O caminho de todo dia pode virar um abismo. É quando não há asas ou anjos ao redor. É quando a vida vira um trailer de terror repetido alucinadamente em canais de televisão. É quando a morte se torna uma inimiga indefectível. É quando o mal vence o bem.
Não é possível continuar apenas a rezar, não há verdes pastos, águas tranqüilas nem veredas da justiça, apenas inimigos que te espreitam em cada esquina.
Não há óleo que possa servir de armadura ou nos torne invisíveis àqueles que enxergam com os olhos da maldade e não da misericórdia.
E habitarei na casa do Senhor por longos dias?


*salmo 23 contemporâneo

terça-feira, 25 de maio de 2010

.agora é que são elas!

Foi-se o tempo em que mulher pilotava fogão, ganhamos as ruas e agora ganhamos também um espaço que era só deles, as pick-ups. Não sabe o que é isso? Toda boa balada precisa de um DJ e as pick-ups são o equipamento mágico que regem a festa. Apesar da predominância masculina, não é de hoje que cada vez mais mulheres ganham espaço na cena eletrônica. Algumas brasileiras, inclusive, já figuraram no ranking das 100 melhores DJ´s do mundo. Tem um pouco de modismo, já que celebridades e subcelebridades aparecem para discotecar nas festinhas. Inventaram até um nome pejorativo: Djanes, mulheres que, independente da qualidade técnica de seu set, exploram o corpo, a beleza e outros atributos sexuais. Ou seja, a sonoridade é tida em segundo plano sim. Tem gente até fazendo topless. [Mas isso é tema pra outro post]. Mas também tem gente muito competente, com conhecimento e cultura da música eletrônica. Aqui em Salvador podemos citar: Adriana Prates, a dupla Cigarra&Danka, Karielle, Le Persie, entre outras. E tem as minhas prediletas: tem Glaucia++, Kilt, Dany Andrade.
A questão é de identificação, ouvir e criar empatia ao estilo e a emoção que vai ser despertada. Ou seja, pesquisar, gente! Sempre.

domingo, 23 de maio de 2010

.Esculturas de lápis


Sou apaixonada por design, vivo pesquisando coisas bacanas e adoro compartilhar as pérolas que encontro durante o garimpo virtual e é incrível a quantidade de coisas legais que se pode encontrar.

Numa dessas incursões via net, encontrei esculturas lindíssimas feitas com lápis, lembrei tanto que meu sonho de consumo era aquele estojo completo da Faber Castell com 500 lápis de cor [meu jeito hipérbole de ser].

Suas cores despertam a nossa curiosidade desde o início da nossa infância, nos abrem um mundo de possibilidades, tonalidades e formas. Não são apenas instrumentos para escrever, rabiscar, desenhar, pintar. Até hoje, apesar da minha imensa paixão pelas irmãs mais modernas, as canetas, tem aquele tipo de anotação se faz necessário ser escrita a lápis. Eles dão idéia de flexibilidade.

Agora aparecem como obra de arte muito bem executada pela designer Jennifer Maestre, esculturas foram inspiradas pela forma do ouriço-do-mar. De objetos comuns, aqui, esses objetos se tornam estruturas cujos nomes são também um convite a entrar no imaginário fantástico: Chimera, Tiamat e Terpsichore são as minhas prediletas. A moça mostra que entende de mitologia, outra paixão minha.

As obras podem ser vistas no museu SOFA de NY ou aqui http://www.jennifermaestre.com/portfolio.php