sexta-feira, 18 de junho de 2010

.arigatô goisamasu day - 18 de junho

Foi em 18 de junho dos idos de 1908, que chegou ao porto de Santos o Kasato Maru, navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram empregar sua força de trabalho nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo. O Brasil era a bola da vez! – Talvez daí venha essa idéia de país do futuro, para aqueles oriundos de países em guerra principalmente – mas a vida não foi nada fácil para eles por aqui, eram os novos escravos e até sua língua e manifestações culturais foram considerados atos criminosos no governo Vargas.

Ainda há muita atitude xenofóbica, mas é inegável que eles contribuíram e contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso País. Sou uma apaixonada declarada da cultura nipônica. Os descendentes dos japoneses que imigraram para o Brasil chamam-se nikkei, sendo os filhos nissei, os netos sansei e os bisnetos yonsei. Os nipo-brasileiros que foram ao Japão trabalhar a partir do fim dos anos 80 são denominados dekassegui. O movimento contrário foi bem aceito pelo governo japonês. Moeda forte (iene), o Japão é a segunda maior economia do mundo. Destaca-se na produção e exportação de veículos, equipamentos eletrônicos e artigos de informática.

E ta pensando que o Japão está longe de nós? – baianas em particular – aqui pertinho, no município de Mata de São João existe a Colônia JK, lá eles produzem orgânicos que são vendidos nos grandes hotéis do Litoral do município (principalmente para Costa do Sauípe) e comercializados nos supermercados de Salvador, além de feiras especializadas.

Sayonara!

terça-feira, 15 de junho de 2010

. Eu não ligo pra Copa!

Não tem outro assunto este mês que não seja a Copa do Mundo, vuvuzelas, a Seleção de Dunga, secar os argentinos, impedimento, pênalti, bla-bla-bla? Eu não dou a menor importância para isto e gostaria muito de ter este direito respeitado, mas todo mundo insiste em me olhar como se fosse uma aberração nacional. Patriotismo vai muito além de a cada 4 anos se paramentar de verde e amarelo e ficar gritando que nem um desequilibrado a cada lance durante 90 minutos. Ser patriota é fazer algo de bom pelo seu país, e esta indústria do futebol não contribui com um centavo pra educação, segurança e saúde por exemplo.

Liberdade de consciência é poder agir de acordo com aquilo que se acredita, é vedada a qualquer pessoa constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar, fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso, então, se eu cidadã brasileira quiser torcer para Argentina, Coréia ou não torcer para time nenhum é um direito que me cabe. E como ser ateu, já chega de dizer que a pessoa vai arder no fogo do inferno, não acredita e pronto não tem que ficar fazendo discurso politicamente correto para ser aceito.

Além do mais, isto me dá a sensação do antigo Pão e Circo, oferecido à sociedade para mascarar suas verdadeiras mazelas, enquanto acontece a Copa [e os dias de suspensão de trabalho] não significa que a fome, a miséria, a violência a desigualdade social também estão suspensas e que vão mudar de categoria de acordo com o resultado. Se fosse assim, o Brasil todo deveria ter serviços 5 estrelas. Não é isto que tanto ostentamos? Troco cada uma delas por saúde, educação, segurança, transporte e empregos. Sim, empregos pra que muitas pessoas tenham o direito de faltar a um nos dias dos jogos.

O Circo está aí, mas cadê o Pão?

Com ou sem vuvuzelas eu estou pouco me lixando para isto e para 2014 também aproveitando o ensejo. Quem não liga a mínima pra Copa diga: Eu!

Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manoel Bandeira)

terça-feira, 1 de junho de 2010

.violência doméstica + lei maria da penha

Papo muito sério hoje. O número de agressões à mulheres tem crescido alarmantemente e não está mais restrito as classes menos favorecidas. Outro dia vi cenas num shopping que me deixaram de queixo caído. Temos o caso público de L. Piovanni e o Bad Dado Boy, enfim, não faltam [maus] exemplos para situação.

A violência contra a mulher é qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada. Ela acontece porque, em nossa sociedade, ainda há quem acredite que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e os homens por serem a parte mais “forte”(????) são superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades .

É comum que as mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha e dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

LEI MARIA DA PENHA

Esta lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência contra a mulher, estabelecendo medidas de assistência e proteção, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

AS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) freqüência de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;

IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

CLIQUE AQUI E VEJA A LEI MARIA DA PENHA COMPLETA

Aqui em Salvador existe um serviço público e gratuito de prevenção e atendimento psicológico, social e jurídico a mulheres que sofrem violência. O Centro de Referência Loreta Valadares é orientado pelos princípios do acolhimento sem discriminação, a escuta não julgadora e o absoluto respeito a todas as usuárias. PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CENTRO DE REFERÊNCIA LORETA VALADARES CLIQUE AQUI

Existem diversas formas de se proteger contra as agressões! NENHUMA mulher merece passar por isso!

É possível também fazer denúncia anônima através do 180.